quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sem ADEUS


Minha avó era pessoa mais doce do mundo.
Acredito que não tinha nem pecado!
Uma pessoa de uma fé inabalável!Que conseguiu carregar o duro fardo da vida de uma forma leve!
Quase uma santa! 

Foi uma mãe tão cuca fresca (com limites) para sua época!
Adorava saber dos namoricos de suas filhas!
-E aí? O que ele disse para você?
Claro que este diálogo foi escrito com base no que me foi repassado por minha mãe.

Quando dormi a primeira vez em sua casa, já estava na faculdade, e saia todos os dias a noite..as 20h e retornava as 22h como ela marcava!
Era muito engraçado!
Quando chegava e abria a portinhola me deparava com ela e meu avo sentados me esperando.
Mais engraçado ainda!

Porém,
Um dia ela resolveu ir.
Não deu explicação alguma!
Nem um sinal!
Uma justificativa!

Daí tudo ficou triste...

Até as paredes de sua residência onde criou 10 filhos se entristeceram, perderam a cor.
Seus filhos e netos morreram juntos, cada um de uma forma.
Eu particularmente não sei distinguir de que forma morri.
Mas, foi uma morte que lateja até hoje!
Sufoca!

Vejo minha mãe que não chora, sofrer calada!
Enquanto eu choro pelos cantos da casa.
Tenho vontade de dizê-la que choro por ela,porém não sei o tamanho do buraco de sua alma devido a imensa perda.

Óbvio!

Não sei o que é perder uma mãe!

Eu Ainda tenho a minha!
E pretendo te-la para sempre!
Não admito que ela se vá!
A proíbo!

É,
Grande besteira a minha.
Se tudo fosse como queríamos tenho certeza que minha avó estaria aqui connosco.
E aí dela se falasse em partir!
Briga na certa!
Seria declarado Guerra!
Engraçado novamente.

Mas,
Não acredito que o tempo nos faça esquecer.
Acredito que ele nos ajuda a aceitar.
E assim eu não aceito e aceito ao mesmo tempo.
Já que odeio despedidas, e dizer adeus não é comigo.
E por favor... não me obriguem a isso.