segunda-feira, 9 de abril de 2012

Relógio amigo


Foi o tempo que errou ou a distancia que separou?

Realmente tenho um espírito questionador, um terrível espírito que me assombra com suas inúmeras perguntas.

E daí?
Já não me importo com elas!

Mentira!
Foi – se o tempo em que mentia para mim mesma!

É meu amigo,
Apesar dos anos eu continuo a mesma.
Tenho tido tantas perguntas que às vezes penso em desistir! Sei lá trocar de identidade, e começar uma vida nova.

País, estado, cidade!
Tudo novo!
E é claro,
Um nome novo com um sobrenome bem elegante.

E adiantaria?
Como esquecer o que fica cravado feito espinho no peito?
Esquecer tantos anos vividos em curto tempo?!
Este seria o maior desafio.

E sabe o que é pior?
Eu tenho a resposta para todas elas.
O problema é de onde começar?!

Admito,
Eu preciso de ajuda.
Não de remédios!
Já chega!
Tentei todos e já não fazem mais efeito.

Nem aceito receitas prontas que ensinem a viver!
Disso?
Entupida!
Acho que por isso ando comendo pouco.
Estou cheia demais!

Sabe,
Tenho uma vida legal.
Pais legais!
Irmãos bacanas!
Família gente!
Um cachorro quase gente!
Um sobrinho filho!
Um canudo!
Certo conhecimento, algum tipo de informação.

Porém,
O que me pega pelos pés são meus amores.
Ou melhor: Os quase amores.

Refiro-me desta forma, porque os mesmos foram podados por falta de coragem, pela canalhice de não despir a alma e se entregar, justamente nos anos dourados em que podia me aventurar.

Não que hoje, não possa!
O fato é: Tempo e a distancia.
Onde coloco?
E os verbos que ficam entre estas palavras pesadas

Sobram capas demais.

A fraca fui eu?!
Eu deveria saber?!

E sei.

E me calo.
Mais um segredo para coleção.

Enfim,
Será que se juntasse todos os quase, daria um?!
Um lindo AMOR!O que nunca tive!

Amor, para mim não acaba.
Ele dura para sempre.
E se não durou, foi porque nunca foi amor.

É este que me refiro.
Este que procuro.

Eu e minha incontrolável e incansável busca por um amor.
É mal do nome.

É meu amigo que sonha e voa,

Sobre o que acredito de tudo que já foi dito, não dito, escrito, apagado e você sabe de que fato me refiro é:

- O amor precisa de um pacto com o tempo, espaço, universo e infinito.
Quem sabe até com todas as estrelas!
Até aquelas que não foram ainda descobertas!

Com o que vai além da luz!

Em letras miúdas:
- O relógio da alma que cada um de nós carrega, aquele que rege a pobre vida dos que se apaixonam , precisa estar criteriosamente ajustado segundo a segundo, no mesmo compasso.

Falo de Precisão Cirúrgica!

Para que ali seja o momento certo para o encontro!
O momento exato!

Entre beijos, abraços e palavras que explodem no peito, o amor aconteça!
E que não seja risco, ou pior um perigo para um dos dois.

Quando é risco, o amor vai embora e rabisca sua vida!
Desenha caminhos tortos, linhas compridas, e cruza quando quer, e se quiser!

O amor não aceita imperfeiçoes.
O amor não é para qualquer um.

E caso for um perigo?
Ele nunca mais volta!
Ou te pirraça até você aprender a dar valor a ele!

É,
Depois de tanta coisa, que pode não ter sido nada, ou pode ter sido tudo.
Depois de tantas letras,

Vou ali.
Volto já.

Vai que o amor se zangue?!
Vai que o tempo me castigue e a distancia apareça por indagar tanto a respeito?!

Ah! Não! De novo não! Desta vez não!