segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CULPA


Eu não cometerei os mesmos erros que você!
Jamais!
Porque meu coração não possui tanta miséria.

Não culpe a vida, foi o jeito que a levou que te feriu.
Levianamente.

E assim, eu aprendi da maneira mais difícil, mas aprendi a nunca, nunca ser como você!

Por sua causa, foi sim!
Eu aprendi a jogar do lado seguro, desta forma eu não me machuco.

Eu acho difícil confiar, não só em mim, mas em todos que tentam se aproximar! Eu tenho medo de tentar ser feliz outra vez!

Já perdi o meu caminho, já não quero mais chorar.
Sei que isso é fraqueza, que tenho muito que caminhar, mas os meus pés estão cansados demais para isso.

Forço - me a fingir, um sorriso, uma risada todos os dias!
Meu coração já não tem o que quebrar e nem está disposto a recomeçar...
Ainda não, por enquanto não.

Eu era tão jovem!Eu sou tão jovem!
Você deveria saber!

E então?
Porque tentou matar meus sonhos!
Você QUASE conseguiu!

Infelizmente foi assim...

 Agora estou envergonhada de minha vida, de meu passado que foi você!Carregando feridas ardentes que conversam comigo todos os dias.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A minha letra


Escute aqui meu caro,
Existem dois tipos de pessoas no mundo.
Aquelas que participam,
E as que observam.

Entenda meu bem,
Eu sou aquela que é um Show a ser contemplado e aplaudido de pé.

Não recuo.
Não mudo.

Nunca me verás sentar atrás,
Nunca me verá atrás.

Sou a primeira,
Veja bem, a letra A.

Eu chamo atenção.

Imagine fogos de artifício,
Sou mais que eles.

Imagine o fogo,
Esquento muito mais.

Só é preciso que eu entre em cena

A pista de Dança é o meu palco,
Dançar a vida é prá mim.

Então, não tente me mudar.

Estes inúmeros erros que você aponta em mim,
Sei que no fundo, você queria ter a coragem,
De ser assim, um pouco igual.

Quero que apenas me mostre o que sabe fazer.
E se vai me acompanhar para sempre.

Na Dança da vida eu não tenho tempo a perder.

E, 
Aprenda uma coisa.
Só há dois tipos de homens,
Aquele que está comigo e faz parte de mim,
E os que têm medo.

E eu espero que você seja o corajoso.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O quarto escuro

Hoje acordei de um pesadelo e levantei atenta, a tempo.
De procurar no escuro de meu quarto o meu medo, e me lembrei do passado.
Quando eu era criança, e chorar de medo era motivo para um abraço apertado, um afago.

Durante a tarde tive medo, mas chorei por dentro.
Cheguei a reclamar abrigo,
Mas,
 Recebi o escuro e o medo que tive de meu quarto.

Escuridão infinita,
Onde o passado era engomado e o presente amarrotado.

Hoje à noite eu chorei, vi que perdi.
Descobri que a escuridão de meu quarto já não mais importa para você.

Sim, eu caí.
E admitir esta derrota me traz medo.

No escuro, sem afago e abraço.
Frases que feriram e ficaram em mim,

Coisa sua que ficou, machuca e não tem fim.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Juliana



Estou aqui com você.
Conte-me tudo.

Eu sei, é muito difícil!
Quase insuportável!
Anda,
Pode gritar!
Culpe Deus, porque ele perdoa.

Estás cansada,
Imagino.
A cabeça doí?
O coração se comprime?
Tens ódio?!
Não se culpe, faz parte da Terapia da vida.

- Complicado!
 - Exaustivo!
- Idiota!
- Canalha!
- Miserável!
- Que ele morra lentamente por debaixo de meu Scarpin Prada Vermelho!

É,
Acho digna sua aflição.
Porém, ele não merece isso.
Deixe-o viver para que veja teu triunfo de camarote.

És,
Linda,
Ruiva,
Unhas vermelhas,
Felina,
E estrondosamente capaz de superar qualquer obstáculo que lhe aparece.
Não triture seu coração.

Siga a receita,

Ligue o som,
Escute uma música que lhe faça chorar.
Chore,
Se possível sangue!
Mas, deixe ir embora tudo de ruim.

Agora se levante.

Troque a música por um Tango Argentino.
Aquele que sonhaste dançar um dia.
Tome um banho,
Deixe a água cair em teu corpo e imagine limpar tua alma.
Ao terminar, seque-se e veja: Estás VIVA!
Não é interessante?!

Use bastante perfume,
Aquele importado que se banha em ocasiões especiais.
Exagere na maquilagem.
Sombra da cor do Brilho que você tem combina para ocasião.
Delineei seus olhos.
Não se preocupe se borrar com uma lágrima ou outra que teima em descer.
Retoque.

Nossa caminhada espiritual é feita de retoques.

O batom,
Hum mm...
Use aquele da cor de sua coragem!
Vermelho púrpura!

Quer ajuda na roupa?
Sugiro pernas de fora!
Ombros a vista!
Mas, primeiro se vista de você.
Devolva ao teu corpo sua alma que em um infeliz dia achou que não tinha.

Os sapatos,
Esta é a parte que mais gosto!
Seu Scarpin Prada Vermelho!
Salto fino!
15 cm!

Então?
Pronta?!
Esqueceu o sorriso?
Eu espero colocar, foi fácil agora, né?!

Para onde vamos?

Não,

Para onde você vai.
Vai encarar a vida como sempre fez.
No salto,
No molejo,
Na simplicidade,
E com toda inteligência que tens!



(Este humilde texto dedico a minha amiga astral Juliana Silva que me apoiou em uma hora tão difícil. Faz uns bons meses, acho que ela nunca se deu conta. Se voltei a escrever devo a inspiração de poucas palavras vindas dela. Não sei o que a aflige o coração, mas quero que ela saiba, que estou a enviar-lhe boas vibrações.Um abraço apertado vindo de Minas Gerais, que além de um Estado, é um estado de espírito.)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

NoTas

Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Notas.
Música triste,
 Acredito.

Três tempos de palavras jogadas ao vento.
Notas de todas minhas lastimas e lágrimas.

Lágrimas a dois.

Uma música para um amor que murcha.
Feito flores ao sol escaldante de um Verão.
Música magoada.

Três notas de nada em nossas vidas.
Notas para se dizer adeus.
Só o que nos resta.
Acredite.

A música soa e vou-me embora.

Para nós a lembrança do que fomos um dia.
Saudade...
O nosso amor.

Como dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Na música triste.

Seu jeito de ser

Eu não tenho desculpas,
É inexplicável
Realmente não sei o que aconteceu.
Seu estado extremo, é inaceitável.

É excessivo,
 Isso me desequilibra,
Acelera meu coração de uma forma que não gosto.

Vejo-te dormir tanto.
A sua entrega me cheira a fraqueza.
E de todos os perfumes que já senti,
Este,
Causa transe.

Abra os olhos para mim, para vida!
Lá fora,
Veja pela janela,
Tudo explode.
E aqui com você.
Tudo dorme.

E este teu extremo já me enjoa.

Eu, eu permaneço desencontrada.
Doente,
Irada.
Por te ver adormecido,
Por você ser excessivo,
Porque tudo explode.

E agora,
Já chega.

Hoje,
Só me resta à noite

A noite de dormir.

Quem sabe te encontro em um sonho,
Quem sabe excessivamente alegre ou excessivamente triste.
Pouco importa.

Quero apenas viver em você.
Com suas desculpas e com seu extremo.

Juntos a dormir,
No quente.
No extremo,
No explosivo,
No inaceitável,
Seu jeito de ser.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Por acaso à volta


Não deixarei tudo assim.
Tudo ir embora.
Enquanto eu parada aqui no quente de minha vida, não honro ser gente, ser Humana.
Volto a ser quem sempre fui.

Ouvidos fechados para mentira,
Olhos abertos para verdade.
Boca escancarada a gritar por mim e por quem quiser me acompanhar.

De volta.
A mim.

Sei do incomodo que causo a tantas pessoas,
E digo:
- E daí?!
Eu realmente vim ao mundo para exercer com classe esta função.

Não me digam o que devo fazer.
Tenho decorado meus sonhos e não quero mudar,
Agora não...

Ora,
Se não sou eu,
Quem vai decidir,
O que é bom pra mim?
Dispenso qualquer previsão.

E quando eles dizem que eu preciso, sim, de todo o cuidado.
Peço para me poupar de proteção.

Quero sangrar,
Cada gota.
A gota da derrota, da vitória.
A essência vital é assim:
- O que não foi não é.
Então pra que tanto, para quem precisa de tão pouco?!

Gosto é do estrago.
Do escândalo.
Do tormento!

Até que concordo,
Quando me dizem,
Que eu não sei medir,
Nem tempo e nem medo,
Muito menos conseqüências.

Mas, não desfaço.
E vou até o fim.

Sei o que eu sou.
É também o que eu escolhi ser.

O acaso é amigo.
Ele fala comigo,
Hoje eu sei ouvir...
Aliás,
Sempre soube ouvir.


Estou de volta,
A mim.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sem ADEUS


Minha avó era pessoa mais doce do mundo.
Acredito que não tinha nem pecado!
Uma pessoa de uma fé inabalável!Que conseguiu carregar o duro fardo da vida de uma forma leve!
Quase uma santa! 

Foi uma mãe tão cuca fresca (com limites) para sua época!
Adorava saber dos namoricos de suas filhas!
-E aí? O que ele disse para você?
Claro que este diálogo foi escrito com base no que me foi repassado por minha mãe.

Quando dormi a primeira vez em sua casa, já estava na faculdade, e saia todos os dias a noite..as 20h e retornava as 22h como ela marcava!
Era muito engraçado!
Quando chegava e abria a portinhola me deparava com ela e meu avo sentados me esperando.
Mais engraçado ainda!

Porém,
Um dia ela resolveu ir.
Não deu explicação alguma!
Nem um sinal!
Uma justificativa!

Daí tudo ficou triste...

Até as paredes de sua residência onde criou 10 filhos se entristeceram, perderam a cor.
Seus filhos e netos morreram juntos, cada um de uma forma.
Eu particularmente não sei distinguir de que forma morri.
Mas, foi uma morte que lateja até hoje!
Sufoca!

Vejo minha mãe que não chora, sofrer calada!
Enquanto eu choro pelos cantos da casa.
Tenho vontade de dizê-la que choro por ela,porém não sei o tamanho do buraco de sua alma devido a imensa perda.

Óbvio!

Não sei o que é perder uma mãe!

Eu Ainda tenho a minha!
E pretendo te-la para sempre!
Não admito que ela se vá!
A proíbo!

É,
Grande besteira a minha.
Se tudo fosse como queríamos tenho certeza que minha avó estaria aqui connosco.
E aí dela se falasse em partir!
Briga na certa!
Seria declarado Guerra!
Engraçado novamente.

Mas,
Não acredito que o tempo nos faça esquecer.
Acredito que ele nos ajuda a aceitar.
E assim eu não aceito e aceito ao mesmo tempo.
Já que odeio despedidas, e dizer adeus não é comigo.
E por favor... não me obriguem a isso.