quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sua


 Eu sou sua,

E te dou o meu corpo, a minha alma e minha orquídea.

Não é correto te desejar tanto,
Mas, é bom mesmo assim.

É necessário que apreendas, é necessário que compreendas,
Que é o meu senhor, é o meu amor.

É a minha loucura.

O meu príncipe encantado,
E eu sou sua.

Vou amordaçar as bonitas sereias,
Matar as mulheres que passarem por seu caminho.
Não resista a mim.

E eu que procurava sempre as chamas, sem me doar,
Queimo para você como uma pagã.

Eu que fazia os homens dançarem,
Danço hoje,
E se existir o eterno,
Somente para você...

Vulgar


Eu sou vulgar,
Charmosa e friorenta.
Quente, amena, quebradiça e nunca saciada.
Frágil, doce e hábil.
Não acredito em minhas promessas e não resisto a carícias.

 Amável, gentil e indispensável.
Carnal, múltipla e flexível.
Inconstante, tocante, grandiosa,
Ardente, charmosa e desconcertante.

Sou linda quando me encontro.
Perigosa quando me procuram.

Suspeita, suspiro, arrepio e lágrimas.
Inquieta, preocupante, extrema, exótica,
Romântica e erótica.

Eterna para quem quero.
Infiel e fiel para quem me merece.

Eu e meus desvios,
Morta por entre as vias,
E mais viva do que nunca.